segunda-feira, 19 de novembro de 2012

... (F)riend


Tenho pensado no tema da amizade e queria escrever algo dedicado aos Amigos, àqueles vão passando por nós e com pequenos gestos tornam a nossa curta vida algo significante... Nos amigos que nos fazem pensar, que nos ajudam a erguer em tempos dificieis e nos outros que mesmo longe estão sempre por perto... Penso nas horas que passo em frente ao pc a falar com os amigos, nos momentos em que preciso do tal amigo, nos breves segundos que olho para o telemóvel e lá estão eles, nos que enviam um simples "Olá!" e que eu penso "Quanto eu gostaria de ter dizer Olá pessoalmente..." até aos que nos enviam uma imagem só para alegrar os nossos dias... Penso também nos amigos com os quais não me cruzo há muitos anos e de como seriam os meus dias com a presença deles... Quero dedicar este post aos meus amigos, mas especialmente ao meu amigo F que consegue fazer-me viajar no meu mundo imaginário com fotos do mundo dele: - A praia! Thank you F :) 


P.S. Queria também agradecer especialmente ao Filipe Soares pelo AMIGO que tem sido para mim! Obrigado Him...


E aos amigos aqui fica:

Don't walk in front of me, I may not follow.
Don't walk behind me, I may not lead.
Walk beside me and be my friend.
Albert Camus

domingo, 28 de outubro de 2012

... The Game


Dou por mim a pensar na sociedade em que vivemos, na vida agitada do dia-a-dia, nas horas que passam a correr, nos dias em que quando me levanto de manhã nem parece que passei a noite a dormir... 
Cada noite para mim tem um sonho diferente, mas sempre relacionado com as situações que vivo ao longo do dia, com situações difíceis de ultrapassar e com aquelas que, de uma forma ou de outra, me possam causar algum desconforto... 
Sonho com relações interpessoais que são aquelas que mais me fazem pensar... nos amigos que nunca vejo, nos que já partiram e nos que nunca vi! E de manhã sempre que acordo lembro-me do que sonhei... e fico aqueles minutos a pensar na realidade do meu sonho e questiono-me no que fiz de errado para que estas memórias estejam em mim bem presentes.
Lembro-me da história de um filme recente - The Hunger Games... A nossa sociedade é em tudo  semelhante à história do filme...  Cada um de nós vive no seu "distrito" e todos os dias tem uma luta pela frente! O meu "distrito" está cheio de pessoas com as quais tenho muito a aprender, mas também com pessoas que não me dão essa oportunidade e é aqui que reside a minha questão... Será que a vida tem mesmo de ser assim?... 

domingo, 7 de outubro de 2012

...The Phantom Gate!

Existe um muro em frente a um homem que o olha cegamente. O muro é alto e praticamente impenetrável. A sua estrutura é de tal maneira assustadora que a felicidade desse homem não se atreve a sair pelos poros.
Estático e incapaz de se voltar para trás, olha-o, com um curioso sentimento de estranheza, como que aquela barreira tivesse aparecido hoje, diante dos seus pés obrigando-o a estagnar a vida. Certo é que aquele muro já o acompanha desde adolescente idade, bloqueando qualquer tipo de progresso, fazendo-o cair em perdas de lucidez. A harmonia entre ele e o mundo é registada por sons, vibrações, por ecos ininterruptos que fazem da coragem e da curiosidade meras ervas que geminam num canto de um passeio, duma rua, algures.
Se a visão o engana, tornando-o alvo das maiores ilusões e gerando atitudes que a sua própria consciência rejeita, ele fechas os olhos e toca-o. A sua mão percorre-o e de imediato sente toda ira através do seu braço, fazendo-o sofrer com imagens escrupulosamente reais. E dor é tão forte que se contorce ao ouvir o choro da sua mãe, é tão penal que a saudade de um amigo o decompõe por dentro e a visão do sofrimento de um amor castiga-o atirando-o para o chão. E já castigado pela cobardia grita:  

Eu tento chegar até ti,
Mas sentindo-me impotente.
Minto e encho o peito de coragem,
Magoando-me fatalmente.
Tento espreitar pelas tuas fendas
A luz que me tentas esconder,
Ris e finges que não estou aqui.
Preferindo veres-me enlouquecer.

Já de joelhos, desgastado pela exuberante volúpia de que foi alvo, mantém a mão encostada ao muro, permitindo que este descarregue, de vez, toda a sua desorientação sentimental que o faz ver muros onde mais ninguém os vê. E diz:

Eu vou continuar a chegar até ti,
Mesmo que me sinta impotente.
Com o peito cheio de coragem
Dou mais um passo em frente.
Espreitei pelas tuas fendas
Vi a luz que me tentaste esconder,
Riste mas hoje estou aqui
E nunca mais me vais esquecer.